- Adaptações físicas ou órteses.
São
todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do
aluno e que facilitam a interação do mesmo com o computador.
- Adaptações de hardware.
São
todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do
computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos,
em suas concepções e construção, são especiais e adaptados.
- Softwares especiais de acessibilidade.
São
os componentes lógicos das TICs quando construídos como Tecnologia
Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que
possibilitam ou facilitam a interação do aluno portador de deficiência
com a máquina.
1 - Adaptações Físicas ou Órteses
Quando
buscamos a postura correta para um aluno com deficiência física, em
sua cadeira adaptada ou de rodas, utilizando almofadas, ou faixas para
estabilização do tronco, ou velcro, etc., antes do trabalho no
computador, já estamos utilizando recursos ou adaptações físicas muitas
vezes bem eficazes para auxiliar no processo de aprendizagem dos
alunos. Uma postura correta é vital para um trabalho eficiente no computador.
Alguns alunos portadores de paralisia cerebral têm o tônus muscular flutuante (atetóide), fazendo com que o processo de digitação se torne lento e penoso, pela amplitude do movimento dos membros superiores na digitação. Um recurso que utilizamos é a pulseira de pesos que ajuda a reduzir a amplitude do movimento causado pela flutuação no tônus, tornando mais rápida e eficiente a digitação. Os pesos na pulseira podem ser acrescentados ou diminuídos, em função do tamanho, idade e força do aluno. O aluno Elsimar, por exemplo, utiliza a capacidade total de pesos na pulseira devido à intensidade da flutuação de seu tônus e também porque sua complexão física assim o permite.
Alguns alunos portadores de paralisia cerebral têm o tônus muscular flutuante (atetóide), fazendo com que o processo de digitação se torne lento e penoso, pela amplitude do movimento dos membros superiores na digitação. Um recurso que utilizamos é a pulseira de pesos que ajuda a reduzir a amplitude do movimento causado pela flutuação no tônus, tornando mais rápida e eficiente a digitação. Os pesos na pulseira podem ser acrescentados ou diminuídos, em função do tamanho, idade e força do aluno. O aluno Elsimar, por exemplo, utiliza a capacidade total de pesos na pulseira devido à intensidade da flutuação de seu tônus e também porque sua complexão física assim o permite.
Pulseira de Pesos
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Elsimar com Pulseira e Teclado Fixado
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Pulseira de Pesos
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Pulseira de Pesos
Outra órtese que utilizamos é o estabilizador de punho e abdutor de polegar com ponteira para digitação,
para alunos, principalmente com paralisia cerebral, que apresentam
essas necessidades (estabilização de punho e abdução de polegar).
Estabilizador de Punho e Abdutor de Polegar
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Com Ponteira para Digitação
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Além
dessas adaptações físicas e órteses que utilizamos, existem várias
outras que também podem podem ser úteis, dependendo das necessidades
específicas de cada aluno, como os ponteiros de cabeça, ou hastes
fixadas na boca ou queixo, quando existe o controle da cabeça, entre
outras.
Haste Fixada na Cabeça para Digitação
Foto: Catálogo da Empresa Expansão
2 - Adaptações de Hardware
Um dos recursos mais simples e eficientes como adaptação de hardware é a máscara de teclado
(ou colméia). Trata-se de uma placa de plástico ou acrílico com um
furo correspondente a cada tecla do teclado, que é fixada sobre o
teclado, a uma pequena distância do mesmo, com a finalidade de evitar
que o aluno com dificuldades de coordenação motora pressione,
involuntariamente, mais de uma tecla ao mesmo tempo. Esse aluno deverá
procurar o furo correspondente à tecla que deseja pressionar.
Máscara de Teclado encaixada no mesmo
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Máscara de Teclado sobreposta ao mesmo
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Alunos
com dificuldades de coordenação motora associada à deficiência mental
também podem utilizar a máscara de teclado junto com "tampões" de
papelão ou cartolina, que deixam à mostra somente as teclas que serão
necessárias para o trabalho, em função do software que será utilizado.
Desta forma, será diminuído o número de estímulos visuais (muitas
teclas), que podem tornar o trabalho muito difícil e confuso para
alguns alunos, por causa das suas dificuldades de abstração ou
concentração. Vários tampões podem ser construídos, disponibilizando
diferentes conjuntos de teclas, dependendo do software que será
utilizado.
Máscara de Teclado com poucas Teclas Expostas
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Teclado com Máscara Coberta
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Outras adaptações simples que podem ser utilizadas, dizem respeito ao próprio posicionamento do hardware.
Por exemplo, nosso aluno Mércio,
que digita utilizando apenas uma mão, em certa etapa de seu trabalho e
com determinado software que exigia que ele pressionasse duas teclas
simultaneamente, descobriu ele mesmo que, se colocasse o teclado em seu
colo na cadeira de rodas, ele poderia utilizar também a outra mão para
segurar uma tecla (tecla Ctrl), enquanto pressionava a outra tecla com
a outra mão.
Já o aluno Raimundo está começando agora a conseguir utilizar o mouse
para pequenos movimentos (utilização combinada com um simulador de
teclado) com a finalidade de escrever no computador, colocando o mouse
posicionado em suas pernas, sobre um livro ou uma pequena tábua.
Posicionamento do Mouse no Colo do aluno
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Teclado com Alteração na Inclinação e fixado à Mesa
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Outra
solução que utilizamos é reposicionar o teclado perto do chão para
digitação com os pés, recurso utilizado por uma aluna que não consegue
digitar com as mãos. E assim, diversas variações podem ser feitas no
posicionamento dos periféricos para facilitar o trabalho do aluno,
sempre, é claro, em função das necessidades específicas de cada aluno.
Teclado Reposicionado para Digitação com o Pé
Além dessas adaptações de hardware
que utilizamos, existem muitas outras que podem ser encontradas em
empresas especializadas, como acionadores especiais, mouses adaptados,
teclados especiais, além de hardwares especiais como impressoras
Braille, monitores com telas sensíveis ao toque, etc. (ver outras
referências no final).
3 - Softwares Especiais de Acessibilidade
Um dos recursos mais úteis e facilmente disponível, mas muitas vezes ainda desconhecido, são as "Opções de Acessibilidade"
do Windows (Iniciar - Configurações - Painel de Controle - Opções de
Acessibilidade). Através desse recurso, diversas modificações podem ser
feitas nas configurações do computador, adaptando-o a diferentes
necessidades dos alunos.
Por exemplo, um aluno que, por dificuldades de coordenação motora, não
consegue utilizar o mouse, mas pode digitar no teclado (o que ocorre
com muita freqüência), tem a solução de configurar o computador,
através das Opções de Acessibilidade, para que a parte numérica à
direita do teclado realize todos os mesmos comandos na seta do mouse
que podem ser realizados pelo mouse.
Além do mouse, outras configurações podem ser feitas, como a das "Teclas de Aderência", a opção de "Alto Contraste na Tela" para pessoas com baixa visão, e outras opções.
Outro exemplo de Software Especial de Acessibilidade
são os simuladores de teclado e de mouse. Todas as opções do teclado
ou as opções de comando e movimento do mouse podem ser exibidas na tela
e selecionadas, ou de forma direta, ou por meio de varredura que o
programa realiza sobre todas as opções.
Para as necessidades de nossos alunos, encontramos na Internet o site do técnico espanhol Jordi Lagares,
no qual ele disponibiliza para download diversos programas freeware
por ele desenvolvidos. Trata-se de simuladores que podem ser operados
de forma bem simples, além de serem programas muito "leves" (menos de 1
MB: endereço no final). Através desse simulador de teclado e do
simulador de mouse, um aluno, por exemplo, com 37 anos, pôde começar a
trabalhar no computador e pode, agora, expressar melhor todo o seu
potencial cognitivo, iniciando a aprender a ler e escrever. Esse aluno,
que é tetraplégico, só consegue utilizar o computador por meio desses
simuladores, que lhe possibilitam transmitir seus comandos no
computador somente através de sopros em um microfone.
Isto lhe tem permitido, pela primeira vez na vida, escrever, desenhar,
jogar e realizar diversas atividades que antes lhe eram impossíveis.
Ele começa, agora, a tentar usar o mouse sobre as pernas para pequenos
movimentos. Ou seja, horizontes totalmente novos se abriram para ele,
possibilitando que sua inteligência, antes aprisionada em um corpo
extremamente limitado, encontrasse novos canais de expressão e
desenvolvimento.
O Microfone é fixado à Cabeça
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Todos os Periféricos são reposicionados para facilitar o trabalho.
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Comandando o Computador com Sopros no Microfone.
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Esses
simuladores podem ser acionados não só por meio de sopros, mas também
por pequenos ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por
diversas partes do corpo, e até mesmo por piscadas ou somente o
movimento dos olhos.
Existem outros sites na Internet que disponibilizam gratuitamente
outros simuladores e programas especiais de acessibilidade, como o site
da Rede Saci.
Como softwares especiais para a comunicação, existem as versões
computadorizadas dos sistemas tradicionais de comunicação alternativa
como o Bliss, o PCS ou o PIC.
Para pessoas com deficiência visual existem os softwares que "fazem o computador falar":
"Também
os cegos já podem utilizar sistemas que fazem a leitura da tela e de
arquivos por meio de um alto-falante; teclados especiais que têm pinos
metálicos que se levantam formando caracteres sensíveis ao tato e que
"traduzem" as informações que estão na tela ou que estão sendo
digitadas e impressoras que imprimem caracteres em Braille." (FREIRE, 2000).
Para os cegos existem programas como o DOSVOX, o Virtual Vision, o Bridge, Jaws e outros.
Informação retirada do site: www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=622
Informação retirada do site: www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=622
Parabéns! Fiquei impressionada com as manobras possíveis com o computador para facilitar a vida dos usuários.
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