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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O ambiente da Escola para as crianças com Transtorno Processamento Sensorial (TPS)




Mudanças de ambiente, barulho, movimento das outras crianças, toques inesperados dos amigos podem sobrecarregar sensorialmente a criança com Transtorno Processamento Sensorial (TPS). Transtorno do processamento sensorial acontece quando as informações sensoriais do ambiente e de dentro de nossos próprios corpos não se organizado e interpretado corretamente e de forma eficiente pelo cérebro.

Dificuldade entrar na sala de aula:
- não gosta que sua mão seja guiada
- evita contato físico(beijo, abraços)
- incomoda-se com esbarrões dos colegas
- assuta-se com barulho proveniente dos colegas arrumando o material, sentando e guardando a mochila....

Estratégias:
- ser o primeiro ou o último a entrar na sala de aula
- evitar muitos toques, principalmente leves
- estabelecer a rotina para acesso a sala de aula

Sala de Aula
 - Diminuição ruidos externos/internos
- não sobrecarregar verbalmente o aluno. Frases curtas e simples
- Planejamento das atividades para diminuir materiais desnecessários
- Ajudar o aluno a manter suas carteiras organizadas pode ajudá-los não se distrair visualmente
- Rotina nas atividades (apoio visual) Painel com fotos das atividades

Lembrar: salas com grande intensidade de estimulos visuais e auditivos proporcionam distratores e assim uma maior dificuldade no aprendizado e concentração.

Hora do Lanche
 - Ambiente mais calmo
- Evita iluminação direta
- Abaixe o tom de sua voz
- Deixe ambiente visualmente mais limpo possível
- Os alimentos preferidos da criança; favorecendo uma maior interesse e aceitação


Recreio
 - Respeitar as necessidades sensoriais da criança
- Proporcionar cantos com brinquedos que as crianças possam escolher
- Trabalhar com pequenos grupos em atividades diferentes proporcionando a escola do grupo e ou atividade
- Oferecer espaços e atividades que a criança possa brincar em grupos,com um ou dois amigos ou mesmo ficar sozinha.

Saída da Sala
 - Painel da Rotina e explicar para criança o que vai ocorrer (auditiva e visual)
- Diminuir a chance de comportamento negativo eliminando os estimulos aversivos ( toques e barulho...)
- Deixar a criança carregar a sua mochila nas costas.
- A criança pode ser a primeira ou a última a deixar a sala de aula.

Fonte: Aline Momo e Claudia Silvestre; Artevidade.

Entendendo os 10 mais destrutivos comportamentos humanos.




Ao longo do tempo, a raça humana já inventou muitas formas diferentes de destruir a si mesma. Muitos cientistas já se dedicaram a analisar algumas atitudes que as pessoas tomam, mas grande parte dessa área de conhecimento ainda permanece um mistério para muita gente. Esta lista com dez comportamentos destrutivos é uma tentativa de jogar alguma luz sobre este assunto.
10 – Mentira
Contar uma mentira não é tão fácil para quem não está acostumado: um estudo cronometrado concluiu que a mentira leva 30% a mais de tempo para ser falada do que a verdade. Outras pesquisas mensuram quantas vezes uma pessoa mente em um dia, um ano ou na vida inteira, por exemplo. Em uma destas investigações, feita por psicólogos da Universidade de Massachussets (EUA), 60% dos participantes foram flagrados mentindo pelo menos uma vez em uma conversa de dez minutos.
Mas ainda não está clara a origem da tendência à mentira. A maior parte dos psiquiatras a atribui a problemas de auto-estima: quanto mais baixa, maiores as chances do uso da mentira para mascarar a situação. Psicólogos de outra universidade americana, a Washington and Lee (Lexington, Virginia), afirmam que a definição de mentira já é algo impreciso. Para eles, a mentira depende de duas coisas: a pessoa que conta deve acreditar que sua frase é falsa, e deve estar com intenções claras de que o interlocutor a aceite como verdade. Se fugir desse perfil, já não pode ser chamada de mentira.

9 – Violência
Será que a violência só acontece quando existe um motivo? Ou o cérebro e genes do ser humano são condicionados a uma busca natural por ela? Muitos pesquisadores já acreditaram na segunda opção. Analisando a pré-história, nossos ancestrais tinham hábitos como canibalismo, por exemplo, mas pesquisas recentes indicam que eles eram mais pacifistas do que o homem atual.
No mundo animal também existe violência, quase sempre relacionada à luta por comida, parceiros sexuais ou território. Os seres humanos, em maior ou menor escala, apresentam essas mesmas características: estudos de 2008 mostram que existem áreas específicas no cérebro para esse fim.
Alguns psicólogos acreditam, por essa razão, que o ser humano é uma das espécies mais violentas do planeta: o mecanismo hormonal responsável por isso é ativado muito facilmente. Mesmo que a situação violenta não tenha uma relação aparente com o instinto de sobrevivência animal.

8 – Roubo

Já não é algo novo na sociedade a existência dos cleptomaníacos, pessoas que teriam tendência natural ao roubo. Um estudo com 43 mil pessoas descobriu que 11% admitiram já ter roubado uma loja pelo menos uma vez. Mas se esta atitude nem sempre é motivada por necessidade, é preciso que algum fator emocional a explique: a adrenalina da ação, por exemplo.
Uma pesquisa de 2009, conduzida pela Universidade de Minnesota, os participantes foram ministrados ou com um placebo ou com doses de naltrexona, um fármaco que reduz a compulsão por álcool e outros vícios, como drogas e jogo. E o teste mostraria que a substância reduz também a compulsão ao roubo, ou seja, ele também seria uma espécie de vício nocivo instalado em nossas mentes.
Fatores neurológicos à parte, também já foi registrado o ato de roubar no mundo animal. Algumas espécies de macaco usam truques para chamar a atenção dos rivais, tirá-los do lugar onde vivem e roubar a comida deles durante a ausência.

7 – Traição
Por que o ser humano, já tendo escolhido um parceiro conjugal, continua sujeito à tendência de procurar outra pessoa? Em cada cinco americanos, um acha que a traição é moralmente aceitável ou que essa atitude nada tem a ver com moral. Alguns estudos lançam um paradoxo: são justamente as pessoas com mais integridade moral, em teoria, que tendem a trair mais.
E qual seria o motivo? Psicólogos explicam que é justamente porque tais pessoas tiram a traição conjugal da esfera da ética. Em alguns casos, alguma condição ou atitude do parceiro traído seria justificativa suficiente para isso. Fatores de gênero e poder também estão envolvidos nessa balança, mas muitos aspectos sobre a traição continuam obscuros.

6 – Vícios
Todos os fumantes sabem, atualmente, que estão fazendo mal a seus pulmões, e mesmo assim fumam. Mas talvez isso não se explique apenas pela dependência química que a nicotina causa no corpo: fatores psicológicos podem levar as pessoas a manter este e outros maus hábitos de vida. Por que, apesar da consciência do mal, as pessoas buscam justificar suas atitudes (dizendo coisas como: minha avó tem 90 anos e fumou a vida inteira)?
Uma psicóloga canadense, da Universidade de Alberta, elencou cinco razões além da biologia para afirmar porque as pessoas não largam seus vícios. Seriam elas: rebeldia interna natural, necessidade de ser aceito socialmente, incapacidade de realmente compreender os riscos do vício, visão egocêntrica de mundo (algo como não se preocupar com as pessoas que vão sofrer se você morrer) e predisposição genética.

5 – Bullying
A palavra que entrou na moda em um passado recente, no Brasil, serve para explicar uma atitude muito antiga: a discriminação. No caso de crianças, psicólogos ainda divergem sobre a origem deste comportamento entre os dois ambientes que elas freqüentam: a família e a escola. A maioria dos educadores acredita que a influência comece em casa, mas em ambos os cenários a criança encontra condições sociais para praticar o bullying.
É claro que esta atitude não se limita às escolas: uma pesquisa afirmou que 30% dos profissionais norte americanos já passaram pela experiência da discriminação no trabalho. Tomando o bullying como uma condição psicológica do ser humano, a maioria dos profissionais acredita que esteja relacionado a questões de status e poder: quando humilhamos uma pessoa, nos colocamos em patamar superior perante o grupo.

4 – Alterações artificiais no corpo
Quem nunca fez tatuagem já deve estar cansado de ouvir histórias de como é dolorido e de como foram sofridas as horas que a pessoa passou na cadeira da loja para imprimir um desenho na própria pele. Mesmo assim, essa e outras várias mudanças artificiais no corpo continuam atraindo muitos interessados e estão cercadas de fascinação.
Cirurgias plásticas no rosto e no corpo, implantes e adereços pelo corpo fazem parte da história moderna do ser humano. Psicólogos não negam que a principal razão seja mesmo a busca pela beleza e para se ficar mais apresentável na sociedade. Mas não seria apenas isso. A questão, conforme especialistas afirmam, não está apenas na pessoa se sentir bem perante os outros, e sim consigo mesma. Mas uma coisa, obviamente, está ligada à outra.

3 – Stress
Será que as pessoas têm a escolha de se estressar ou não diante da vida que levam? Muitos estudos já comprovaram que ele piora a saúde em todos os sentidos e podem levar o corpo a um precoce ataque cardíaco ou um até um câncer.
O ambiente do trabalho sempre foi tomado como a maior fonte de stress. E a tecnologia moderna representou, conforme explicam os pesquisadores, uma ameaça em potencial: quanto mais celulares e laptops nós temos, menor fica a linha que separa o trabalho do descanso: levamos trabalho para casa, temos menos tempo para relaxar e acabamos nos estressando mais. As velhas dicas de bom sono, boa alimentação e exercícios físicos regulares ficam cada vez mais válidas diante desta situação.

2 – Jogo
Não é apenas o ser humano que tem uma impulsão natural a apostar: até os macacos o fazem. Um experimento concluiu que os primatas se sujeitaram a testes contínuos para conseguir um prêmio, no caso uma tigela de suco de frutas. E se tinham a oportunidade de conseguir um pouco mais, mesmo arriscando perder o que já tinham, eles tentavam. Mas como surge essa tendência?
Psicólogos afirmam que o nosso cérebro tente a acreditar nas próprias vitórias. Logo, quando a gente vence por muito pouco, não pensa nisso como uma quase-derrota e que as chances de perda eram muito maiores do que a de ganho. Pensamos que a vitória deve ser repetida, por isso vamos novamente ao jogo sem pensar nas consequências. Muitas histórias de fortunas perdidas em cassinos, por exemplo, foram motivadas por este simples mecanismo mental.

1 – Fofoca
O que a vida alheia tem de tão interessante, que nos torna atraídos a falar dela várias vezes e com muitas pessoas? As fofocas criam laços pessoais. Ela é usada socialmente, conforme explicam os especialistas, para aproximar duas pessoas que não gostam de uma terceira.
Os psicólogos pensam na boataria como um dos fatores mais destrutivos porque ela está atrelada a outros: quem fofoca nem sempre tem compromisso com a verdade, e a vida dos outros pode ganhar uma versão totalmente distorcida na boca do interlocutor. [LiveScience]

Fonte: 

Atendimento Educacional Especializado tem processo de avaliação


A Secretaria Estadual da Educação faz processo avaliativo dos trabalhos de conclusão do curso de especialização para 49 professores no Atendimento Educacional Especializado (AEE). O processo avaliativo, ocorrido na quinta-feira (02/02/2012), faz parte de parceria entre a SEEC, a Universidade Estadual de Maringá (PR) e o Ministério da Educação.
A Rede Estadual de Ensino conta com 84 professores especialistas no AEE e disponibiliza 334 salas de recursos multifuncionais, tipos I e II, para o atendimento educacional a estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotação).
A política de "Educação Inclusiva" requer o "Atendimento Educacional Especializado", oferecendo aos alunos com deficiências as complementações específicas para sua formação e não mais a substituição do ensino regular.

Atendimento Educacional Especializado – AEE
É um serviço da Educação Especial, de caráter complementar ou suplementar, voltado para a formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares.
Ele perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, sem substituí-los, garantindo o direito de todas as crianças, jovens e adultos à educação escolar comum. Ele constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Participam do AEE os alunos que dele necessitam. O AEE é realizado no turno inverso ao da sala de aula comum.


A sala de recursos multifuncionais
É o espaço localizado na escola de Educação Básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE, e conta com mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade com equipamentos específicos para os professores realizarem o atendimento de educacional especializado.
A professora Márcia Peixoto, subcoordenadora de Educação Especial da SEEC, destaca o pioneirismo do Rio Grande do Norte no processo de inclusão social no Brasil. Segundo ela, o Estado é hoje referência em questões como o "serviço itinerante" e a "matrícula antecipada".
Para a educadora Aparecida Medeiros, que trabalha como professora itinerante no programa AEE, a especialização vem contribuir significativamente com o aperfeiçoamento do ensino e da aprendizagem.

Mau comportamento é fruto da educação dada pelos pais desde o berço




As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia.
E Tudo começa no Berço, é o título do livro a ser lançado na segunda-feira, no qual o autor defende que é desde o nascimento da criança que se desenvolvem grande parte das suas características, positivas ou negativas.
"Perdoem-me pais, mas a culpa de muitos de nós não termos controlo sobre o comportamento dos nossos filhos, estou convencido, não é dos filhos, nem da sociedade: é nossa", escreve o autor alertando para a necessidade de os pais estarem mais presentes na vida dos filhos.
Partindo de exemplos práticos, Luís Maia pretende demonstrar como a desresponsabilização dos membros familiares e educadores próximos das crianças e adolescentes apenas contribui para a acomodação a uma sociedade desumanizada.
Então haverá ou não uma relação entre o comportamento das crianças e a forma como são educadas desde bebés? Na opinião do psicólogo, baseada em 20 anos de prática clínica, essa relação é bem evidente e manifesta-se em 90 por cento dos casos.
"Na minha opinião cerca de 90% da responsabilidade do comportamento inadequado das crianças e adolescentes está sedeado nas práticas educativas nos primeiros dias e anos da criança", disse em declarações à Lusa, adiantando que na maioria dos casos são os pais que precisam de ajuda para se reorientarem na educação dos seus filhos.
Luís Maia explica que nos milhares de casos que já atendeu, quando começa a investigar as causas dos comportamentos inadequados das crianças quer sejam de indisciplina escolar, de violência contra os pares ou de outras atitudes antissociais, na maioria das vezes os pais foram orientados percebendo que eram as suas práticas educativas que deveriam ser alteradas.
A má prática educativa, explicou, ocorre em todas classes socioeconómicas e mesmo em ambientes familiares normais quando por exemplo os pais se desautorizam em frente à criança, quando quebram rotinas ou quando delegam competências.
A sociedade, defende o autor em declarações à agência Lusa, desaprendeu a arte de educar os filhos e a comportarem-se em sociedade, delegando nas estruturas essa responsabilidade. Uma aposta que considera errada.
A educação desde o nascimento, diz, determina efetivamente o percurso de uma criança, porque "tudo começa no berço" à exceção de uma pequena minoria em que há de facto problemas no desenvolvimento ou distúrbios psicopatológicos.
O livro é baseado em vivências e casos reais, fruto da experiência do autor no acompanhamento de jovens e famílias.
Trata-se de um guia com informações dedicadas à boa aplicação da prática educativa, para pais, educadores, cuidadores, educadores de infância, professores dos mais variados níveis de ensino, psicopedagogos, psicólogos, técnicos de saúde mental, entre outros.


Fonte:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=530497&tm=8&layout=121&visual=49

O “problema educacional” não tem solução





“Ensine-me a fazer isso”. “Sim, eu ensino”. Essas duas frases deveriam estar no centro de toda e qualquer relação pedagógica. No entanto, não é o que ocorre. Da parte do estudante ou aluno, não ouvimos mais a primeira frase. Da parte do professor ou mestre, não ouvimos a segunda frase. Esse é o drama central em relação ao qual a filosofia da educação de nossos tempos não tem conseguido oferecer um bom recurso.
Toda relação pedagógica escolar, tanto a que envolve os jovens quanto a que envolve os adultos como estudantes, já há algum tempo, se inicia sem essas frases. O encontro entre professores e estudantes é um encontro artificial. Nenhuma das duas partes do encontro marcou o encontro pessoalmente. A agenda foi feita pela administração da escola: no dia X iniciam-se as aulas – é assim que se anuncia o encontro. Uma vez na mesma sala, o professor diz “vamos trabalhar com Y este semestre”. Os alunos, por sua vez, nada dizem. Alguns abrem seus cadernos e anotam: “matéria: Y”. Seria melhor ouvirmos algo como “ensine-me a fazer isso” e, em resposta, “sim, eu ensino”. Mas, não é o que ocorre. A relação pedagógica não começa (mais) pela idéia do ensino, por um pedido para aprender, e não é continuada pela vontade de atender ao pedido. Como pode alguma coisa desse tipo, tão visivelmente contraproducente, ser a regra de nossas escolas e universidades?
“Ensine-me a fazer isso” denota um desejo. Quem pronuncia algo assim sente a necessidade de aprender a fazer algo que não sabe fazer. Pede que aquele que sabe a ajude. “Sim, eu ensino” denota não um desejo, mas uma vontade. Quem pronuncia tal enunciado mostra que quer ver o outro aprendendo, quer deliberadamente ensinar o que não é sabido de modo que o outro possa fazer o que não saber fazer e quer fazer. Desejo de um lado, vontade de outro. Desejo e vontade são elementos do amor. Não à toa, entre os gregos, a melhor relação pedagógica era a relação de pederastia, na sua versão comum ou na sua versão modificada por Sócrates. Berço de nossa civilização ocidental, a Grécia antiga teceu a relação pedagógica como alguma coisa feita sob o comando de Eros. Tratava-se de algo do desejo de um lado, da vontade de outro. Um encontro antes erótico que intelectual. Um encontro intelectual e moral, porque erótico.
Foi exatamente isso que se perdeu. Deixamos de lado algo da simplicidade do “ensine-me a fazer isso” e “sim, eu ensino”. Substituímos isso por um palavreado que quer esconder, mas acaba é mostrando até demais, a artificialidade do encontro entre aluno e professor, estudante e mestre. Criamos a pedagogia para além da atividade do “escravo pedagogo”. Fizemos dela um conjunto normativo sofisticado. “Uma arte”, disseram certos teóricos. Para alguns, até mesmo “uma ciência”, como afirmaram outros. Mas, de qualquer maneira, a pedagogia se tornou uma longa narrativa antes apropriada a colocar mais palavras entre o estudante e o mestre do que se pode colocar no espaço que separa duas pessoas. A verborragia da pedagogia fez sucumbir o natural e produtivo “ensine-me a fazer isso” e “sim, eu ensino”.
A pedagogia despejou entre o espaço que separa estudante e mestre as doutrinas com os mais variados nomes: “escolanovismo” ou “construtivismo” ou “tornar o aluno crítico” ou “criar cidadão consciente” ou “engajar o aluno e o professor no projeto político-pedagógico da escola” ou “multidisciplinaridade” ou “interdisciplinaridade” ou “saberes complexos” ou “prontidão psicopedagógica” ou seja lá o que for. Há mais frases entre um aluno e um professor, hoje, do que qualquer vã ou não-vã filosofia da educação pode imaginar. Uma chuva de palavras lavou em direção ao rio o produtivo “ensine a fazer isso” e “sim, eu ensino”. Era simples demais isso! Como dar status à atividade pedagógica se toda a relação pedagógica pudesse ser descrita e resolvida nessa simplicidade?
Ora, mas por qual razão foi necessário dar status à atividade pedagógica? Ah, por uma razão evidente, mas que ninguém quer comentar. Quando a educação de um país não funciona exatamente porque falta investimento nos salários dos professores, e a vontade política da nação não se faz sentir nessa direção, então, o fracasso precisa ser pintado como algo devido ao fato de se estar diante de um monstro nada simples. A educação se faz passar por um grave problema, alguma coisa que tem um segredo que é preciso descobrir, que talvez em algum lugar do mundo se saiba, mas que é um segredo que esconde algo que não é simples. É ridículo para o país que não educa seus jovens admitir o fracasso exatamente no simples. Então, um país que não educa seus jovens, que se coloca nos últimos lugares do ranking educacional do mundo, precisa criar uma enorme literatura pedagógica. Toda essa imensidão de teorias educacionais, antes de dar solução para o problema, gasta páginas e páginas para provar que a educação é alguma coisa muito complexa.
Eis então que ocorre algo paradoxal. Em um país fracassado na educação, a literatura pedagógica aumenta assustadoramente. Ao mesmo tempo, o número de pesquisadores em pedagogia se torna um dos maiores do mundo. O número de programas de pós-graduação em educação supera o dos países desenvolvidos em muito. A atividade pedagógica se torna uma algo que demanda uma complicadíssima terminologia. Mas, ao mesmo tempo, pela quantidade, ela também se torna um discurso de todos. Assim, ao mesmo tempo em que a educação é vista como muito complexa, ela é passível de ser objeto de discurso de todos. Todos entendem de educação. Afinal, num país assim, é difícil quem não tenha um diploma de pedagogia ou um mestrado ou até mesmo doutorado em educação.
Em educação vive-se, então, a situação mais fabulosamente maluca: a escola está falida e todos possuem discursos miraculosos e altamente teóricos para criar experiências pedagógicas que salvariam todo o ensino. Mas, pela complexidade do discurso de todos, que são muitos, sempre há de se entender que qualquer solução proposta é para um pequeno grupo de escolas, nunca para todos. Democratiza-se o saber pedagógico para além da conta. Mas, ao mesmo tempo, não se democratiza a própria educação, objeto do tal saber pedagógico. O número de jovens aprendendo na escola diminui na proporção que aumenta o número de mestres e doutores em educação. Não à toa aumenta-se também a pesquisa em história da educação – em educação, na situação que estamos, restou-nos contar a história da escola, já que não temos mais a própria escola. Criamos a apologia da nostalgia em educação.
Vivendo dessa forma, o país que se enreda nesse problema, começa a gerar um mito, a saber: há um truque na educação e, embora tenhamos muitos livros sobre o assunto, esse truque permanece a sete chaves, preso no exterior. E o mito se desdobra: há países que sabem resolver problemas em educação. Mas eles não nos contam. Eles deram solução para seus problemas. Mas, não nos contam – que malvados! Temos de continuar a produzir pedagogias. Exportamos pedagogias até para eles. Mas, aqui, olhamos experiências isoladas, exatamente para mostrar que, em alguns lugares, há quem acerte. No entanto, esses que acertam são mostrados como heróis da abnegação. E como não há heróis da abnegação em todas as escolas, então, continuamos fracassando.
Surge daí a idéia de que o exterior não venceu por ter feito o professor ganhar mais e feito as escolas serem bem construídas e terem bom funcionamento. O exterior venceu por causa da abnegação de seus professores. O coreano deu aulas em baixo de chuva. O professor japonês é respeitadíssimo. A professora de um país pequeno da Europa é uma santa e assim por diante. O problema pedagógico, por mais complicado que possa ser mostrado nos programas de pós-graduação, é então dito como sem solução. Não é solucionável? A resposta é única: seria, se não fôssemos brasileiros. Se formos brasileiros, não adianta. Como brasileiros, não somos sérios. Os outros venceram com sacrifício e nós não estamos vencendo porque o nosso professor não se sacrifica e porque todos aqui são moles, nossos políticos são corruptos, a “educação não é prioridade” – há jargões para todo o tipo de gente. Por fim, vem o supra-sumo da ideologia, que aparece no discurso governamental e social: “salário não é tudo”. Ao pagarmos mais, é necessário mais cobrança – dizem todos. Eis então que vem a cobrança, sendo que o “pagar mais” não vem. “Ele virá, está no congresso a proposta X ou Y, aguardem!” Aguardem pisos, fundefs e outros animais.
Salário seria o combustível de Eros para que algo simples como o “ensine-me a fazer isso” e “sim, eu ensino” pudesse estar entre nós. Mas o simples não está entre nós. Não estará. Tudo é muito complicado em educação e, ainda por cima, não dá para fazer o que deve ser feito sendo brasileiro. É assim que devemos pensar e é assim que a TV, as revistas e, até mesmo o governo, diz que é a verdade da educação.
© 2011 Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo, escritor e professor da UFRRJ
Fonte: http://ghiraldelli.pro.br/2011/04/19/o-problema-educacional-nao-tem-solucao/

Inscrições para PROLIBRAS





Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, por meio da Comissão Permanente do Vestibular - COPERVE, declara que estarão abertas, no período de 31/10/2012 a 05/12/2012, as inscrições para a Sexta Edição do Exame Nacional para Certificação de Proficiência no Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e para Certificação de Proficiência na Tradução e Interpretação da Libras/Língua Portuguesa, denominado SEXTO PROLIBRAS, nos termos do Decreto no 5.626, de 22/12/2005 e da Portaria Normativa MEC no 20, de 07/10/2010.




Inscrições no período de 31/10/2012 até as 23h59min 
do dia 05/12/2012.









Calendário em LIBRAS 2013


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Lançamento de livro


feira,22
sexta-feira,22

THOMA, Adriana da Silva; KLEIN, Madalena. CURRÍCULO E AVALIAÇÃO: a diferença surda na escola. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2009.

Contato da Editora: Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul Av. Independência, 2293 - 96815-900 - Santa Cruz do SulFone: 51-3717-7461 e 51-3717-7462 - Vendas: 51-3717-7665E-mail: editora@unisc.br - www.unisc.br/deptos/editora

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sexta-feira, 29 Ensino de Expressões Idiomáticas




Ensino de Expressões Idiomáticas:

Muitas metodologias adotadas hoje não levam o aluno ao domínio pleno do português. Isso por vários motivos que vão desde o fato de ser uma disciplina ainda voltada muito para a gramática, para o conhecimento das “regras do bom escrever” e se deixa de lado a língua no seu processo interativo e formas de falar.

Uma proposta motivadora é o ensino através das expressões idiomáticas. Esses recursos lingüísticos representam milhares de possibilidades na comunicação em português. Tais idiomatismos no português são vistos através de análises com as expressões da libras e explicações de suas possíveis origens, as quais provêm de fatos e algumas são até engraçadas.

Existem expressões com léxico e sentido parecidos nos dois idiomas, outras com o mesmo sentido, mas estruturas morfossintáticas diferentes. Portanto, como elemento lingüístico enriquecedor do ato comunicativo, consideram-se as expressões idiomáticas de suma importância para o ensino.

Nos últimos dias eu venho tentando elaborar algumas atividades para melhorar a fixação de expressões idiomáticas em português para alunos surdos.

Anotamos as expressões em fichas (no formato daqueles cartões de apresentação), de um lado escrevemos a expressão e do outro a tradução em Libras.

Eu selecionei algumas das frases que já anotei, veja abaixo:

Expressão em português
Transcrição da tradução para a Libras
O que você tem feito de bom?
VOCÊ TEM NOVIDADE LEGAL
Você se ofenderia se eu perguntasse…
EU PODER PERGUNTAR VC BRAV@ NÃO

O que você achou da comida?
COMIDA GOTOS@?

Só por curiosidade…
EU CURIOSIDADE

Você não mudou nada.
VOCÊ MESMO

Como vão as coisas?
VIDA BEM?

Nós precisamos nos falar mais.
VONTADE CONTATO SUMIR NÃO

Isso foi divertido.
LEGAL

Vê se não some.
VOCÊ SUMIR NÃO

Em breve estarei listando novas expressões e frases interessantes.

Atividades de sala de aula no ensino comunicativo


feira,29
sexta-feira,29

Foto do grupo de estudos "Ensino de português para surdos" da Escola Instituto Santa Teresinhas". Da esquerda para direita, professora Ana Maria Moço, Cristina Parmer e eu.

Estamos a cada dia nos aprofundando mais nas questões de ensino de português como segunda língua para surdos.

Uma característica inerente ao professor é a criatividade. Precisamos pensar em atividades para serem propostas em sala de aula com base no ensino comunicativo.

O livro de Richards (2006) nos dá muitas sugestões, como:
Atividades com foco na fluência:- Reflete o uso natural do idioma ;
-Concentra-se na efetivação da comunicação ;
- Exigem o uso significativo da linguagem;
- Exigem a utilização de estratégias de comunicação;
-Buscam interagir o uso da linguagem ao contexto.
Atividade com o foco na precisão:- Refletem o uso da linguagem que ocorre em sala de aula;
- Concentram-se na formação de exemplos lingüísticos corretos;
- Praticam a linguagem fora do contexto;
- Praticam pequenas amostras da linguagem;
- Não exigem que a comunicação seja significativa;
- A escolha da linguagem é controlada.

Tipos de atividades:
Atividades de realização de tarefas;
Atividades de levantamentos de informações;
Atividades de expressão de opinião;
Atividades de transferências de informação;
Atividade de dedução lógica;
Dramatizações.

Quer saber mais? Leia o livro. He, He, He


RENANDYA, Wills A. e RICHARDS, Jack C. O Ensino Comunicativo de Línguas Estrangeiras – Coleção Portfolio Sbs13: reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: Editora SBS, 2006.

Livro "Português ... eu quero ler e escrever" para surdos



domingo,18



O livro Português ... eu quero ler e escrever é resultado de um trabalho de investigação acerca da complexa situação lingüística e educacional do aluno surdo, reconhecido hoje como cidadão pertencente a uma minoria lingüística usuária de Libras, garantido pelas diretrizes educacionais do MEC que a escola proporcione o ensino do português como uma segunda língua.


A fundamentação na abordagem comunicativa de ensino de línguas foi essencial para a criação do programa do curso de português para surdos, das atividades de cada lição do livro básico de português como L2 para surdos e da conexão que o livro tem com a realidade de uso da língua vivenciada pelos alunos com surdez.

Pesquisas sobre ensino-aprendizagem de português como L2


feira,28
quarta-feira,28



Olá, pessoal.

Esta pesquisa bibliográfica buscou publicações científicas (teses/dissertações) relacionadas ao ensino/aprendizagem do português como segunda língua ou língua estrangeira. Teve como foco os trabalhos que se dedicaram a estudar algum aspecto da aplicação da abordagem comunicativa no ensino de português como L2.

Pesquisas:

FONTÃO, E. M. P. Repensando o conceito de competência comunicativa no “aquecimento” da aula de português-língua estrangeira: uma perspectiva estratégica. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1993. 

ROTTAVA, L. O uso de estratégias de comunicação na aquisição do portuguÊs como segunda língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1995.

SANTOS, E.M.O. Abordagem comunicativa intercultural (ACIN): uma proposta para ensinar e aprender língua no diálogo de culturas. Tese de Doutorado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2004.

SOUZA, L.C. Um olhar comunicativo sobre atividade de leitura em materiais didáticos de português como segunda língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2003.

SOUZA, M.V. A arquitetura de um material didático: avaliando um dos pilares de um curso de português como LE. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Nacional de Brasília. Brasília, 2003.

STERNFELD, L. Aprender português língua-estrangeira em ambiente de estudos sobre o Brasil: a produção de um material. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1996.

VINECKY, V. Tarefas comunicativas no ensino de português como outra língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Nacional de Brasília. Brasília, 2003.

Você pode fazer a leitura completa do material a partir das bibliotecas virtuais e bases de dados das universidades onde foram produzidas.

Fonte: http://www.unicamp.br/~matilde/pesqbiblio2007.html#tese

PNE EDUCAÇÃO ESPECIAL E ESCOLAS PARA SURDOS


O Valor de Ser Educador



Ser transmissor de verdades, de inverdades...
Ser cultivador de amor, de amizades.
Ser convicto de acertos, de erros.
Ser construtor de seres, de vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer.
Que guarda no coração, o pesar
de valores essenciais para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador, que enfrenta agruras,
mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
buscando se auto-realizar,
atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força.
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria!
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...Esse é o valor de ser educador.

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